Durante a segunda guerra mundial, muitas obras de arte da França foram roubadas pelos nazistas e enviadas para Alemanha. Após a derrota nazista, a França conseguiu recuperar diversas obras e retorná-las aos seus donos. Uma parte, porém, ainda permanece sob a custódia de museus franceses a espera que seus donos apareçam .
Hitler queria construir o maior museu do mundo.
Quando os nazistas ocuparam a Franca entre 1940 e 1944, cerca de 76.000 judeus foram presos e enviados aos campos de concentração. Outros abandonaram o país para se proteger deixando todos os seus bens para traz.
Nesse período, os nazistas confiscaram cerca de 100.000 objetos desses judeus – entre eles inúmeras obras de arte (já que um dos projetos de Hitler era construir o maior e mais rico museu do mundo, o “Führermuseum”)
Em 1944, uma Comissão de Recuperação artística foi criada na França para a recuperação dos bens roubados e devolução aos seus legítimos proprietários.
Graças à comissão, mais de 61.000 objetos foram encontrados na Alemanha e retornados a França. Destes, mais de 45.000 foram devolvidos à seus proprietários ou seus herdeiros diretos.
Algumas obras porém, não foram reclamadas e ficaram sob a custódia da comissão que as distribuiu entre vários museus franceses afim de que possam ser vistas e eventualmente reconhecidas pelos seus donos e herdeiros.
O Louvre ficou encarregado de guardar 296 obras e inaugurou há um mês, 2 novas salas do museu para apresentar permanentemente 31 pinturas que ainda esperam ser encontradas pelos seus donos.
São pinturas de todos os estilos e diversos autores, incluindo grandes obras de grandes mestres como a paisagem”The Source of Lizon” de Theodore Rousseau.
Todas as obras são acompanhadas de um texto explicativo que conta tudo o que se sabe sobre sua trajetória.
Sébastien Allard, diretor do departamento de pinturas do Louvre, explicou na vernissage que esses quadros não pertencem ao Louvre e que todo esse esforço é para tentar restituir os verdadeiros proprietários.
A iniciativa do Louvre é mais um esforço das autoridades francesas para encontrar herdeiros das famílias que perderam suas obras de arte.
Um grupo de trabalho criado pelo Ministério da Cultura francês também trabalha com a Comissão para a Remuneração de Vítimas de Espoliação (CIVS), afim de tentar rastrear a proveniência desses trabalhos e identificar seus proprietários legítimos. Mas essa é uma tarefa longa e trabalhosa de forma que a exposição destacada ao público possa de fato ser um fator bem relevante.
No caso do reconhecimento de alguma obra, a pessoa deve reunir todos os documentos possíveis que possam provar a sua propriedade e contactar a Direction Générale des Patrimoines/ Service des Musées de France.
A comprovação pode demorar mais alguns anos mas, mesmo assim , é muito bom ver um compromisso tão sério para tentar restituir as famílias mesmo várias décadas depois
Informações práticas
Louvre
Paris 2
exposição permanente.