A força do feminino é o ponto em comum da temporada internacional. Na capital parisiense não poderia ser diferente. Das modelagens à cartela de cores na Paris Fashion Week Inverno 2018 a delicadeza ganha camadas de atitude, criando a imagem de uma mulher doce, mas poderosa.
Desde que foi eleita a primeira diretora artística da Dior, a italiana Maria Grazia Chiuri vem utilizando as passarelas como uma vitrine do empoderamento feminino. O desfile da temporada foi inspirado pelo aniversário de 50 nos dos protestos de estudantes de Paris, que ocorreu em 1968. O tema ficou evidente no set, que incluiu as capas de revistas impressas e as manchetes de protesto do final da década de 1960 como papel de parede.
Para ilustrar a ideia de individualidade criada naquela década, Chiuri apostou em kilts de diferentes comprimentos e tecidos imprevisíveis, como o delicado tule point d’esprit combinado com jaquetas masculinas e casacos curtos.
Tricôs repletos de bordados animaram a passarela, que trouxe um trabalho interessante de patchwork com padronagens do vasto arquivo vintage da Dior.
Dior FW – Paris Fashion Week Inverno 2018
A passarela da Dior trouxe na cenografia as manchetes e frases de impacto do protesto estudantil de 1968, celebrando seus 50 anos.
Pierpaolo Piccioli trouxe o tema “romantismo é força” para o show da grife italiana Valentino. Silhuetas minimalistas e dramáticas causaram impacto na coleção, com aplicações florais decorativas e muitas modelagens que exploram as formas das flores.
Valentino – Paris Fashion Week Inverno 2018
Na Chanel, Karl Lagerfeld levou o público a um passeio pelo outono parisiense, com uma coleção repleta de estampas com motivos florais e botânicos de fundo escuro e muito metalizado.
Botas de couro dourado e cano longo fizeram par com as tradicionais saias de tweed, criando uma imagem poderosa e bastante contrastante com a estética doce das coleções anteriores.
Chanel – Inverno 2018
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