O Museu do Perfume em Paris é um museu como nenhum outro. Um lugar sensorial, para descobrir e mergulhar no universo olfativo do perfume.
Um espaço para explorar o ritual muitas vezes universal e individual de escolher uma fragrância, capaz de expressar o que somos ou o que queremos ser.
Museu do Perfume de Paris
São 4 andares que compõem o Grande Museu do Perfume de Paris, num “hôtel particulier” que levou dois anos para ser renovado na sofisticada rua Saint Honoré, número 73, em Paris.
“O perfume na França é um evidência. Pilar da nossa história, de nosso patrimônio, da nossa arte de viver. Ele intriga, envolve e fascina”, diz o presidente do museu, Guillaume de Maussion.
“Sentir”, “Tocar”, “Experimentar”
E foi com uma proposta de expor o invisível, de consagrar um espaço inteiramente dedicado a esse patrimônio imaterial que é o perfume, com a proposta “Sentir”, “Tocar”, “Experimentar”.
Num percurso vivo e instigante, o museu propõe prazeres olfativos graças à uma coleção de 70 odores e imersões sensoriais.
O projeto é moderno e contemporâneo, tudo com muito branco, prata e cobre.
Em uma das salas, formas que lembram moléculas caem do teto acomodando bolas de perfumes com os quais se pode interagir.
Há painéis com vídeos por toda a parte e espécies de penteadeiras futuristas onde você pode sentar e receber dicas de um especialista de como usar e conservar seu perfume. Diga-me como você se perfuma que direi quem você é, diz um dos textos estampados em uma das paredes do museu. Tudo para mostrar que, não importa em que parte do mundo você esteja, os gestos e rituais ligados ao perfume podem ser muito reveladores da personalidade de cada um.
Os jardins des Senteurs
Há também o “Jardim des Senteurs”, uma espécie de jardim perfumado com flores imaginárias que exalam composições criadas por especialistas, os “narizes”, como são chamados os criadores de perfumes e outros cheiros que evocam memórias do cotidiano, como os cheiros da infância.
Ainda, o Grande Museu do Perfume de Paris faz um registro da arte da perfumaria francesa desde 1830. Um dos pontos altos da apresentação para a imprensa foi a presença da historiadora, escritora e criadora de perfumes francesa, Élizabeth de Feydeau, graduada na escola de perfumistas de Versailles. Élisabeth é proprietária da marca Arty Fragrance, dedicada à perfumaria de nicho. Foi ela, juntamente com o perfumista Francis Kurkdjian, que tentou reconstituir o perfume de Maria Antonieta, Le Sillage de La Reine. Prova da importância do perfume através da história e de um novo museu para guardar sua essência.
Cabinet de Curiosités
A visita do museu é planejada em 3 etapas, pois cada andar corresponde a um percurso. Começa-se no subsolo, com a história do perfume, com diferentes salas e um “cabinet de curiosités”:
Em seguida, o 1° andar é dedicado a experiências olfativas interativas (“imersion olfactive”).
Já o 2° andar trata da “arte dos perfumistas”, dando um espaço a vários deles para contar o processo de criação dos perfumes através de vídeos:
A última etapa fica no térreo, onde você encontra todas as marcas e perfumes icônicos em uma “concept store”, com livraria. Vale a pena conferir!